Usinas podem reduzir produção de etanol hidratado em até 35%

Usinas podem reduzir produção de etanol hidratado em até 35%

Com a redução da demanda por combustíveis e a sustentação dos preços do açúcar, as usinas sucroalcooleiras do Centro-Sul poderão reduzir a produção de etanol hidratado em até 35% nesta safra 2020/21 caso direcionem o máximo de suas indústrias para a fabricação do alimento, segundo avaliação da consultoria FG/A, sediada em Ribeirão Preto.

Esse ajuste na produção deverá aliviar o impacto da forte retração do consumo de combustíveis, que começou a há cerca de duas semanas por causa das medidas de isolamento social para conter o coronavírus.

No cenário de maximização da produção de açúcar, a fabricação do adoçante iria para 37,5 milhões de toneladas, 33% a mais do que na safra passada (26,8 milhões de toneladas), enquanto a produção de etanol hidratado cairia para 16,4 bilhões de litros (ante 22,5 bilhões de litros na safra passada). Essa produção deve vir de uma moagem de 605 milhões de toneladas de cana.

Essa oferta de etanol hidratado aproxima-se da expectativa para o consumo do produto durante esta safra. A FG/A considera que, durante a temporada, o consumo total de combustíveis do ciclo Otto deve ficar 6,1% abaixo do volume da safra passada, refletindo uma recuperação da demanda no fim do ciclo, especialmente em março.

E a queda das vendas do ciclo Otto deve se concentrar no consumo de etanol hidratado. para a FG/A, o volume do produto vendido na safra pode cair até 21,4%, para 17,8 bilhões de litros, em um cenário de maximização da produção de açúcar.

Mesmo com menor demanda pelo biocombustível, a consultoria estima que a correlação entre os preços do hidratado e a gasolina nos postos deve ficar em média em 66% — favorável para o consumo do biocombustível em relação ao fóssil.

 

Fonte: Valor Economico
Texto extraído do boletim SCA

Compartilhe nas Redes Sociais!
15 de abril de 2020
Voltar para Blog