Tecnologia na agricultura: maior sustentabilidade na produção agrícola.

Tecnologia na agricultura: maior sustentabilidade na produção agrícola.

O uso de tecnologia na agricultura nunca foi tão intenso. A produção de alimentos e fibras tem sido drasticamente transformada pelos avanços da ciência ao longo das últimas décadas. O conhecimento cada vez mais aprofundado do melhoramento genético, da mecanização, do plantio direto, dos defensivos agrícolas e de outras inovações revolucionaram a agricultura no Brasil e no mundo.

Cada vez mais ferramentas tecnológicas estão sendo incorporadas ao campo, contribuindo para uma produção de alimentos sustentável. É o caso, por exemplo, da agricultura digital, que usa a informática para otimizar o manejo e a gestão do campo. Também é possível citar a biotecnologia, que tem contribuído com a melhoria da produtividade por meio do desenvolvimento de variedades com novas características.

Uso da tecnologia na agricultura

O emprego de tecnologia na agricultura não é, exatamente, uma novidade. Uma das primeiras ferramentas tecnológicas incorporadas à produção de alimentos foi o uso do sistema de posicionamento global, mais conhecido pela sigla GPS (em inglês global positioning system). Tratam-se de softwares de localização que dão coordenadas de determinados lugares na Terra por meio de receptores de sinais emitidos por satélites. Isso possibilitou a implementação de outras tecnologias, como as máquinas guiadas por computadores e por satélites.

Mais recentemente, aplicativos estão sendo utilizados para monitorar plantações remotamente, via smartphone, computadores ou tablets. Além disso, sensores espalhados pela propriedade e conectados à internet são capazes de gerar um grande volume de dados que podem ser analisados e utilizados para melhorar os processos.

O mais recente salto tecnológico do setor agrícola foi a introdução de drones em diversos processos. O uso destas pequenas aeronaves não tripuladas permite monitoramento aéreo em tempo real dos processos de colheita e sensoriamento remoto mais acessível quando comparado ao realizado por satélites.

Benefícios da adoção da tecnologia na agricultura

Entre os benefícios do uso da tecnologia na agricultura podemos destacar:

. Melhora e otimiza a produção e o uso de insumos;
. Reduz os impactos negativos no meio ambiente;
. Aumenta a produtividade da lavoura;
. Facilita a comunicação entre produtor, operadores, administradores, agrônomos etc com o uso de celulares e ferramentas de internet;
. Diminui custos de acesso a serviços – seguro e crédito, por exemplo – e informação – como de mercado ou tecnológica.
. Reduz riscos de perdas com eventos climáticos, pragas e desastres naturais, por meio de sistemas de monitoramento e de informação acessíveis.
. Ajuda a aumentar a renda do produtor com o incremento da qualidade da produção agrícola.

Adoção da tecnologia na agricultura: plantar mais e melhor

É preciso ter conhecimento para que o uso da tecnologia na agricultura cause impactos relevantes na quantidade, qualidade e na saudabilidade do alimento produzido. O aumento da população global e a consequente pressão por mais comida tornam esse desafio urgente.

Da pré à pós-produção, as ferramentas tecnológicas podem contribuir para que se produza mais no mesmo espaço. Elas também abrem caminho para combatermos desperdícios de água, fertilizantes e defensivos.

Existem tecnologias específicas para cada momento, desde o melhoramento genético para a produção de sementes até a comunicação com os consumidores finais.

Pré-produção

Essa etapa refere-se a processos realizados antes do plantio no campo, a exemplo do desenvolvimento de sementes. Nesse caso, não há participação do agricultor, mas de pesquisadores. Caso o produtor opte por uma semente transgênica, ele já estará utilizando tecnologia porque esse tipo de semente demanda muita ciência para ser desenvolvida.

São técnicas de engenharia genética que permitem que a semente adquira características específicas, como resistência a insetos e tolerância a herbicidas.

Produção

Já no campo, a tecnologia pode ser empregada nas fases de plantio e colheita. É a fase em que há participação do agrônomo, do agricultor e do responsável pela operação do drone.

Nessa etapa, podem ser utilizadas as seguintes tecnologias:

. Sensoriamento remoto;
. SIG (Sistema de Informação Geográfica) para automação das etapas de plantação e colheita;
. Drones para mapeamento da área e identificação de pragas;
. Maquinários com piloto automático;
. Colhedoras com dispositivos inteligentes;
. Sistemas de navegação;
. Diversos outros.

Pós-produção

Dados coletados pelos drones e outros sensores são enviados a um computador equipado com um software de leitura dessas informações. Depois da colheita, a distribuição, processamento e consumo da safra podem ser analisados com ajuda das seguintes tecnologias:

. Computação em nuvem, que armazena grandes volumes de dados;
. Análises de dados para orientação de mercado e logística;
. Dispositivos móveis e redes sociais para monitorar o mercado.

A evolução da tecnologia na agricultura: da tração animal à robotização

No início do século XX praticava-se a chamada Agricultura 1.0, marcada por ser eminentemente destinada à subsistência dos produtores. À época, utilizava-se a tração animal para diversas operações agrícolas. Durante muito tempo, essa foi a tecnologia que mais causou impacto nas atividades do campo, uma vez que permitiu a introdução de ferramentas como o arado e a carroça.

Com o passar dos anos, da tração animal foi gradualmente sendo substituída pela força mecânica (motor à combustão). Foram então desenvolvidas as máquinas agrícolas que passaram a ser o símbolo da Agricultura 2.0.

Na sequência veio a Agricultura 3.0, caracterizada pelo uso do sistema de posicionamento global (GPS) para detectar e manejar variações dentro de um mesmo espaço produtivo. Ou seja, de acordo com a necessidade de cada local, passou a ser possível fazer diferentes recomendações para adubação, irrigação e etc.

Agricultura Digital 4.0 incorpora a automação e a conectividade. São utilizadas máquinas, veículos autônomos, drones, robôs e animais com sensores. As informações recolhidas vão para a nuvem e formam um valioso banco de dados que permite uma tomada de decisão muito mais informada. Esse sistema é conhecido como Agricultura Inteligente ou “Smart Agriculture”.

E com a velocidade que as mudanças ocorrem, hoje já se fala também em Agricultura 5.0. Nesta, além das tecnologias avançadas relacionadas à automação e conectividade, leva-se em consideração a autonomia (robotização) de gestão do sistema, como o uso de piloto automático na operação das máquinas.

Fonte: Boas Práticas Agronômicas

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4 de outubro de 2021
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